As obrigações são instrumentos de dívida emitidos por governos, empresas ou outras entidades para captar recursos. Quando compra uma obrigação, está a emprestar dinheiro ao emissor, recebendo juros regulares — chamados cupões — e o reembolso do capital investido no fim do prazo. São geralmente consideradas de menor risco, especialmente quando emitidas por governos de países estáveis, mas o retorno também tende a ser mais baixo. Ao contrário das ações, as obrigações têm duas características-chave: um vencimento, em que o capital é devolvido, e um rendimento, muitas vezes previsível.

As taxas de juro (ou taxas de cupão) podem ser fixas (as mais comuns), sempre idênticas ao longo do tempo e até à data de maturidade, mas também variáveis, de acordo com um indexante predefinido (por exemplo, a taxa Euribor). Neste caso, o subscritor recebe regularmente um cupão que poderá não ter sempre o mesmo valor.

Além destas taxas, existem ainda obrigações de cupão zero, nas quais não existe um pagamento periódico de juros, mas um único reembolso na data de vencimento, e as obrigações ligadas à inflação, cuja taxa varia consoante esta cresce ou diminui.

Antes de investir deverá igualmente ter atenção à data de maturidade, ou seja, a data prevista para receber o valor investido, que pode ser de curto (um a três anos), médio (três a dez anos) ou longo prazo (superior a 10 anos).

O valor das obrigações pode flutuar no mercado secundário, dependendo das taxas de juro e do risco percebido do emissor. E lembre-se: o capital só é devolvido se o emissor cumprir com as suas obrigações financeiras. Investir em obrigações é uma forma eficaz de diversificar a carteira, oferecendo estabilidade e um rendimento previsível.