Embora pareçam semelhantes, a franquia e o copagamento representam formas distintas de partilha de custos entre o segurado e a seguradora. A franquia é um valor fixo que o segurado paga antes de a seguradora cobrir os custos do sinistro e aplica-se a seguros como automóvel, saúde, habitação e viagem. Por exemplo, nos seguros automóvel é comum existirem franquias (por valor ou percentagem), cujo pagamento é obrigatório por parte do segurado. Pode ser uma franquia por quebra de vidros ou por acionar os danos próprios, no seguro contra todos os riscos ou, no caso de um seguro habitação, o pagamento de um valor em caso de inundações, roubo, etc. Esta franquia será sempre da responsabilidade do segurado caso o dano seja igual ou inferior ao seu valor.

Já o copagamento é uma quantia paga sempre que o segurado utiliza um serviço, como consultas, exames ou medicamentos em seguros de saúde. Nestas situações, o valor a pagar depende sempre do tipo de seguro que possui, e assenta sempre numa de três modalidades: reembolso do valor pago, copagamento numa rede de prestadores definida, pagamento misto.

Isto significa que sempre que utilizar algum dos serviços incluídos no seguro terá de pagar uma parte do valor. Por exemplo, numa consulta que custa 100€ poderá pagar apenas 50€ se for este o desconto convencionado entre o prestador do serviço e a seguradora. Ainda assim, se a sua apólice prever o reembolso, terá ainda a hipótese de receber este copagamento mediante a entrega da fatura à seguradora. Na maioria dos casos, estes descontos e reembolsos estão sujeitos à utilização de uma rede de prestadores, o que pode ser uma desvantagem caso já seja seguido por médicos que não façam parte desta rede.

Em resumo: a franquia é o pagamento inicial antes da cobertura do seguro, enquanto o copagamento é um pagamento parcial feito a cada utilização do seguro.