#41 | Como é que a inflação afeta o poder de compra e as nossas poupanças?
A variação do custo da “cesta” de produtos básicos é um indicador do impacto da inflação e espelha a redução ou o aumento do poder de compra das pessoas.
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A variação do custo da “cesta” de produtos básicos é um indicador do impacto da inflação e espelha a redução ou o aumento do poder de compra das pessoas.
A inflação é normalmente medida através de índices como o IPC (Índice de Preços no Consumidor), calculado em Portugal pelo INE, que acompanha a variação de preços de uma "cesta" de produtos básicos consumidos pelas famílias. A variação do custo destes produtos é um indicador do impacto da inflação e espelha a redução ou o aumento do poder de compra das pessoas.
O principal impacto da inflação é, precisamente, sobre o poder de compra: ou seja, o valor real do dinheiro que temos na carteira ou no banco. Quando a inflação é alta, o dinheiro perde valor. Um salário que não acompanha a inflação faz com que as pessoas consigam comprar menos, mesmo que o valor nominal recebido seja o mesmo. Se a taxa de inflação é de 3%, significa que um cabaz de compras que custasse 100 euros há um ano custaria agora 103 euros. Sem um aumento proporcional no salário, o poder de compra reduz-se.
Mas, as poupanças também são afetadas. Se o dinheiro estiver parado numa conta sem rendimento ou com uma taxa inferior à inflação, ele perde valor com o tempo. Por exemplo, se tiver 1.000 euros guardados e a inflação anual for de 5%, no fim do ano o seu dinheiro terá o mesmo valor nominal, mas valerá menos em termos reais – como se tivesse perdido 50 euros de poder de compra.
No entanto, taxas negativas, ou deflação, também são um problema. A descida contínua dos preços leva a uma diminuição do consumo e do investimento. Na zona euro, o Banco Central Europeu visa uma inflação de cerca de 2% a médio prazo para manter o equilíbrio.
E as taxas de juro? Como entram nesta história?